Seis livros perturbadores para o dia das bruxas

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Semana do Horror combina com terror, suspense, espanto, repulsa, medo, pavor e diversos outros sinônimos que fazem a alegria de tantos leitores fãs deste gênero literário. Hoje, neste conteúdo especial do Capitulares, fizemos uma lista com alguns dos livros mais perturbadores inspirados em histórias reais.

O Nome da Morte, de Klester Cavalcanti

Matadores de aluguel no Brasil? Assustadoramente esta realidade foi relatada no livro reportagem escrito pelo jornalista Klester Cavalcanti. O Nome da Morte narra a peculiar trajetória “profissional” de Júlio Santana.

Ainda garoto, com seus 17 anos, ele deu início a sua vida de matador de aluguel e, após 35 anos de ofício, soma a morte de exatas 492 pessoas, todas com nomes registrados em um caderno com a capa do Pato Donald e rezas póstumas de dez ave-marias e vinte pai-nossos em busca de perdão.

Editora: Planeta do Brasil

Páginas: 256

Mulheres de Cabul, de Harriet Logan

A obra foi lançada em 2002, porém a realidade das Mulheres de Cabul continua marcada na historia desta cidade do Afeganistão e em diversos outros países.

Harriet Logan é uma premiada fotógrafa inglesa que reporta o universo afegão e apresenta o relato de algumas mulheres que fotografou durante o autoritário regime do Talibã e governos que vieram depois dele.

O movimento fundamentalista islâmico foi instaurado entre os anos de 1996 e 2001 no Afeganistão, e as mulheres que ali viviam se tornaram reféns do medo e de leis repressoras, tais como: não poder trabalhar fora, proibição de frequentar escolas, aparecer em público, ouvir música, registrar momentos por meio de fotografias e outros absurdos.

Editora: Ediouro

Páginas: 128

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O Diário de Jack, o Estripador, de Shirley Harrison

Jack, O Estripador é conhecido como um dos maiores psicopatas da história. Ele é responsável por assassinatos em série. Suas vítimas eram prostitutas que foram estranguladas, tendo suas gargantas degoladas e corpos totalmente mutilados, no distrito de Whitechapel, em Londres, no ano de 1888.

Além dos chocantes crimes, o Estripador também ganhou grande notoriedade por ter conseguido escapar impune. Lançado aqui no Brasil em 1999, O Diário de Jack, o Estripador atribui a série de assassinados misteriosos a James Maybrick. A teoria proposta na obra teve início por um contato editorial “anônimo” que informava possuir um diário do suposto serial killer. Shirley Harrison, autora do livro, resolveu então apostar em pesquisas e buscou pistas que comprovassem a autenticidade do diário.

Editora: Universo dos Livros

Páginas: 504

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Manson – A Biografia, de Jeff Guinn

Em 2014, a Darkside Books apostou no lançamento de uma biografia icônica, considerada um dos grandes livros do ano pelo The New York Times. A obra Manson, de Jeff Guinn, apresenta a obscura trajetória de Charles Manson, considerado por alguns como a reencarnação de Jesus Cristo e líder de um seleto grupo que cometeu diversos assassinatos nos Estados Unidos, no final dos anos 60.

O líder cultista teve sua ascensão pela famosa chacina Hollywoodiana denominada como o Caso Tate-LaBianca, no qual ficou exposto o assassinato da atriz Sharon Tate (esposa do cineasta Roman Polanski que estava grávida na época), e de quatro amigos de Tate, durante a madrugada de 9 de agosto de 1969. No dia seguinte, os assassinatos de Leno e Rosemary La Bianca marcaram toda a influência de Manson por meio da série de crimes cometidos pela “Família Manson”.

Após tais fatos, Manson, cabeça do Caso Tate-LaBianca, e seu grupo de seguidores foram condenados à morte. Contudo, devido mudança nas leis penais da Califórnia em 1972, a pena deles foi alterada para a prisão perpétua. Todo o terror do Caso Tate-LaBianca foi narrado no livro Helter Skelter, co-escrito pelo promotor responsável pelo processo criminal Vincent Bugliosi e Curt Gentry. Lançado em 1974, a obra foi adaptada para os cinemas em 1976.

Editora: Darkside Books

Páginas: 520

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3096 Dias, de Natascha Kampusch

Natascha Kampusch tinha dez anos de idade quando conquistou o direto de ir caminhando para sua escola, em 1998. Contudo, a garota não chegou ao seu destino. No caminho, tornou-se vítima de um sequestro que durou longos 3096 Dias.

Em uma chocante autobiografia, agora conhecemos a história de Natascha, uma garota austríaca que viveu pouco mais de oito anos de sua vida em cárcere privado, aprisionada em um porão com 5 m² de extensão e sofrendo diárias torturas sexuais, físicas e psicológicas por parte de seu sequestrador, Wolfgang Přiklopil.

Após fugir de seu cativeiro em 2006 e tentar se adaptar a vida “real”, Natascha lançou a obra literária no ano de 2010. Com a notoriedade de chocante relato, sua história foi transformada em filme em 2013.

Editora: Verus

Páginas: 224

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Não Conte Para a Mamãe, de Toni Maguire

Com a frase “Não Conte Para a Mamãe” proferida por seu pai, o horror da pequena Antoniette se iniciou nos anos 1950. O livro escrito por Toni Maguire narra a própria biografia da autora, que sofreu uma série de abusos cometidos contra ela por seu pai.

A autora tinha apenas seis anos de idade quando fora beijada por seu progenitor. Na época, ela reuniu todas as forças do mundo para delatá-lo a sua mãe, que não ofereceu qualquer apoio para defendê-la.

Daí então, os assédios evoluíram para pesados episódios de abusos psicológicos e sexuais – somando dez anos de uma infância roubada. A narrativa exprime de maneira nua e crua as memórias da autora, divididas entre as lembranças da pequena Antoniette, nome de nascimento, e da adulta Toni, para o qual mudou tentando “esquecer” o passado.

Editora: Bertrand Brasil

Páginas: 308

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Joyce Hiromi

Formada em jornalismo e turismóloga, lê de tudo um pouco, é viciada em seriados/animes e compra mais livros do que consegue ler – piorou na era dos e-books. Na listona de futuras leituras sempre terá livros de: não-ficção, distopia e muitos de romance – esse último é pra tentar adoçar a vida. Além disso, o amor por autores favoritos já me fez passar horas em filas de sessão de autógrafos, assistir vídeos de entrevistas e 'stalkeá-los' (de leve) nas redes sociais – inclusive a Jojo Moyes é incrível no Twitter!

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