Melhores e piores leituras do 1º semestre de 2021

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Com a chegada de julho, revisamos as leituras do primeiro semestre de 2021 para trazer os melhores, as surpresas e os piores livros da nossa lista literária.

Todo mundo devia ler

Felipe – O Corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo

Narrando uma das histórias mais conhecidas do mundo, a obra – lançada em 1831 – se passa na época medieval em Paris, no século XV.

O personagem focal, Quasimodo, é um homem surdo e com deformações de nascença, principalmente no rosto e por uma corcunda nas costas. Recluso da sociedade e vivendo escondido durante o dia, seu trabalho principal é tocar o sino da Catedral de Notre-Dame de Paris.

Esse cotidiano tranquilo começa a ganhar um teor mais agitado quando a jovem cigana, Esmeralda, passa a dançar em frente à igreja.
Os traços físicos e beleza da moça trazem desconforto ao Arquidiácono Claudio Frollo, que com medo de ceder à tentação carnal, ordena seu rapto. Esse é o pontapé inicial para o desenvolvimento da drama com diversas reviravoltas em perseguições, assassinato, amores e desamores.

Considerado o maior romance histórico de Victor Hugo e aclamado no mundo todo, o livro também já foi adaptado para peças teatrais, óperas, filmes e animações.

Joyce – 1984, de George Orwell

Lançada em 1949, a obra apresenta uma distopia futurista ambientada em 1984. Nesta conhecemos Winston Smith, um trabalhador que vive em uma sociedade totalmente dominada pelo Estado. No regime totalitário do onipresente Grande Irmão (Big Brother) tudo é feito coletivamente e ninguém escapa à vigilância constante.

Neste mundo, o globo terrestre está dividido em três grandes blocos, sendo: Oceania, onde o personagem mora; Eurásia e Lestásia. No cenário em que a individualidade, liberdade e o modo de pensar dos trabalhadores são controlados pelo Grande Irmão. Wiston vai cometendo pequenos atos de rebeldia que o levam a descobrir o que existe por detrás da ideologia principal e de uma língua inventada pelo Partido trazendo a reflexão sobre o “poder pelo poder”.

Reunindo demais formas de arte, a obra originou adaptações cinematográficas e para a TV, de peças à óperas e entre outras. Atualmente existe uma nova série que vêm sendo produzida pela ABC americana, com base na peça teatral de Robert Icke e Duncan Macmillan em 2013.

Você pode dar uma chance

F – Scott Pilgrim Contra O Mundo, de Bryan Lee O’Malley

Scott Pilgrim com seus vinte e poucos anos, divide seus dias entre o desemprego e os ensaios de sua banda de rock, a Sex Bob-Omb. Além disso, segue num relacionamento pacato e tranquilo com a namorada, Knives Chau, que traz ainda mais sossego à sua vidinha.

O rotina mais calma vai mudar completamente com a chegada de Ramona Flowers. O garoto se apaixona perdidamente por ela, só que não será fácil conquistar seu amor. Com uma nova vida eletrizante e cheia de desafios, Pilgrim vai se deparar com a Liga dos Ex-namorados que precisará ser totalmente derrotada para que ele possa continuar saindo com Ramona.

Contando com três volumes, a saga de Scott Pilgrim foi editada pela Quadrinhos na Cia (da Companhia das Letras) e lançada em 2010. A cultuada série em quadrinhos também chegou aos cinemas no mesmo ano e atualmente está no catálogo de streaming da Netflix.

J – O Último Voo das Borboletas, de Kan Takahama

Trazendo um recorte sobre a transição da Era Edo para a Era Meiji, no Japão, o mangá da premiada autora transporta os leitores para uma história tocante sobre as prostitutas japonesas. A obra foca na prostituta de alta classe, Kichou, que está no topo da hierarquia do bordel onde oferece seus serviços. Tida como uma profissional do ramo mais cobiçada, ela não vê problema em atender clientes de qualquer nacionalidade.

Conforme a narrativa sobre Kichou vêm sendo aprofundada, é feito um paralelo entre o passado e o presente que busca relacionar quando sua vida cruza com a de um homem que padece de uma grave doença. As linhas de vida e morte tecem uma história de amor com passagens ásperas e cruéis, mas que também evocam toda a sensibilidade e beleza pelos traços de Takahama.

Lançado pela Pipoca & Nanquim, em 2019, o mangá em volume único surpreende não somente pelo conteúdo textual e imagético, mas igualmente pela fascinante edição totalmente caprichada da editora nacional.

Não perca seu tempo

F – I’m Thinking of Ending Things, de Iain Reid

O romance de estreia do canadense Iain Reid foi lançado em 2017, publicado pelo selo Fábrica 231 (da Editora Rocco) e apresenta uma premissa abrangendo mistério e terror.

Na obra, Jake conduz o carro em que ele e a namorada, que narra a história em primeira pessoa, vão à fazenda dos pais do rapaz. Durante a viagem a garota pensa em acabar com tudo, com o relacionamento que tem com Jake, mas talvez seja tarde demais.

Imersos dentro da mente da namorada de Jake, os leitores são levados pela narrativa característica de Reid com toques profundamente psicológicos, tanto em referências de terror clássico, quanto elementos de suspenses menos tradicionais. O produto final do autor, apresenta um thriller denso que provoca sensações de uma tragédia iminente e camufla alegorias sobre a própria vida ser uma tragédia anunciada.

Apesar da obra literária dividir a opinião dos leitores, o texto original teve uma adaptação em filme pela Netflix, sendo disponibilizada em 2020.

J – O Homem do Terno Marrom, de Agatha Christie

Minha segunda experiência com a Rainha do Crime infelizmente foi um livro “bem difícil de ler”, se comparado ao Assassinato no Expresso do Oriente (meu primeirinho da Christie). Acompanhando a época romancista da autora, O Homem do Terno Marrom foi lançado originalmente em 1924.

Após ficar órfã com a iminente morte de seu pai, a jovem Anne chega em Londres para novos ares. Contudo, ao testemunhar uma morte que ocorre nos trilhos da estação de trem Hyde Park Corner, a jovem que vê um sujeito suspeito de terno marrom próximo ao corpo, decide investigar algumas pistas deixadas para trás.

Intrigada por um papel, que fora esquecido pelo suspeito, com uma mensagem enigmática: “17.1 22 Kilmorden Castle”, a garota parte em uma grande aventura para obter respostas e se envolve numa drama com viagens, diamantes roubados, amor, crime e conspiração durante sua jornada.

Apesar da obra levar o nome de peso de Christie, minhas expectativas conforme o desenvolvimento desta não foram totalmente superadas.

E pra vocês, quais foras as melhores e piores as leituras do 1º semestre? Conta pra gente por aqui ou nas nossas redes sociais (Instagram, Facebook e Twitter).

Veja também nossas leituras premiadas do ano passado – Melhores e piores leituras de 2020

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Joyce Hiromi

Formada em jornalismo e turismóloga, lê de tudo um pouco, é viciada em seriados/animes e compra mais livros do que consegue ler – piorou na era dos e-books. Na listona de futuras leituras sempre terá livros de: não-ficção, distopia e muitos de romance – esse último é pra tentar adoçar a vida. Além disso, o amor por autores favoritos já me fez passar horas em filas de sessão de autógrafos, assistir vídeos de entrevistas e 'stalkeá-los' (de leve) nas redes sociais – inclusive a Jojo Moyes é incrível no Twitter!

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