Melhores e piores leituras de 2020

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O ano novo já começou e é hora de revisarmos as leituras de 2020. Por isso, nesse post você vai conhecer qual o melhor e o pior livro (que cada um de nós leu) do ano passado.

Todo mundo devia ler
Felipe – Dercy de Cabo a Rabo, de Maria Adelaide Amaral

Lançada em 1994, a biografia de uma das maiores atrizes brasileiras de todos os tempos traz um retrato peculiar dessa figura marcante do século XX e XXI. Narrado pela própria biografada, o texto traz informações muito ricas sobre uma personalidade que antecede o cinema, o rádio e a TV nacional – assim tecendo um retrato de um Brasil pouco conhecido e da história do teatro nacional. O livro originou a minissérie da Rede Globo Dercy de Verdade.

Joyce – O Conto da Aia, de Margaret Atwood

A obra surge em 1985 como uma distopia ambientada num Estado teocrático e totalitário que retirou grande parte dos direitos das mulheres. O livro – adaptado para a TV na série ‘The Handmaid’s Tale’ –, acompanha a história de June, que vive como uma Aia e possui a única função de “conceber” filhos(as) aos chefes das famílias que controlam o País. Assim, as obras ilustram a vida de mulheres fortemente oprimidas pelo governo totalmente patriarcal que são reféns do fundamentalismo extremista. Aclamada mundialmente, a ficção assusta por ser tão real nos tempos atuais por meio de similaridades socioculturais e acontecimentos políticos.

Você pode dar uma chance
F – Branco Letal, de Robert Galbraith

Quarto livro do detetive da série do Cormoran Strike, Branco Letal é a consolidação da escrita do pseudônimo de J. K. Rowling no segmento policial. Depois de um primeiro volume ruim e um segundo volume péssimo, o autor surpreendeu na terceira etapa da história. A expectativa então ficou para este quarto volume. Nele, o escritor conseguiu manter a qualidade, construindo uma história envolvente, eletrizante e carismática.

J – Menina Boa Menina Má, de Ali Land

Milly agora tem um nome novo, uma vida nova e uma família nova. Anteriormente, a garota já foi Annie, filha de uma assassina em série, a qual teve que denunciar e relatar todos os crimes e atrocidades testemunhados. Enquanto a jovem espera pelo confronto final com sua progenitora no tribunal, também segue atormentada pelo passado vivido com abusos de diversos tipos e reflete se tais acontecimentos anteriores têm o poder de “moldá-la” em uma menina boa ou em uma menina má. A resposta ao questionamento é desenvolvida em um thriller psicológico muito convidativo que superou todas as minhas expectativas.

Não perca seu tempo
F – It’s Kind of a Funny Story, de Ned Vizinni

O livro traz a história de Graig, um nova-iorquino diagnosticado com depressão e transtornos alimentares. Ele se pega pensando em suicídio e acaba se internando em um hospital psiquiátrico. A partir daí, mergulha na busca por autoconhecimento enquanto se envolve com outros pacientes. Pouco profundo (mesmo para um YA), o autor leva a narrativa de maneira boba, tornando o livro um manual sobre doenças mentais. Com o passar das páginas, não é possível ter empatia por nenhum personagem e nem se apegar a eles. O livro se tronou mais conhecido pela adaptação cinematográfica Se Enlouquecer Não Se Apaixone e pelo fim trágico do autor que se suicidou alguns anos após o lançamento da obra.

J – Hiroshima e Nagazaki, de Editora Mundo dos Curiosos

Em virtude do maior bombardeio atômico da história, as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram destroçadas ao final da 2ª Guerra Mundial. Para relatar os assombrosos acontecimentos, o e-book reúne fatos, curiosidades e informações técnicas sobre os ataques. Apesar de a temática ser importantíssima, a obra é lotada de falhas editoriais, apresenta problemas de coesão/coerência textuais, além das muitas repetições que tornam a leitura cansativa e que lembram fortemente aquela frase “cada um faz uma parte do trabalho e depois a gente junta tudo”.

E aí, quais as suas melhores e piores leituras do ano passado? A seguir Compartilhe coma gente nas nossas redes sociais (Instagram, Facebook e Twitter).

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Felipe Paiuca

Jornalista formado desde 2013 – o tempo voa. O primeiro livro da minha vida foi “O Menino que Aprendeu a Ver”, de Ruth Rocha, em 1999. Enquanto a minha geração se aventurava com Harry Potter, a série que me conquistou para o mundo da leitura foi Deltora Quest, de Emily Rodda. Não tenho livro favorito, pois não consigo escolher e sempre tento variar os gêneros literários de uma leitura para a outra para abranger os mais variados temas possíveis.

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