Tom Jobim, Guimarães Rosa e Pornô Chic

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Vou te Contar – 20 Histórias ao Som de Tom Jobim

Sim, a Editora Rocco está lançando um livro especial para celebrar em 20 histórias a música e literatura brasileira. A da escritora Celina Portocarrero é a organizadora da obra e convidou autores brasileiros para relembrarem Tom Jobim, através das canções do compositor, 20 anos após sua morte.

“Vou te contar… Os olhos já não podem ver… Coisas que só o coração pode entender… Fundamental é mesmo o amor…”

Veja a sinopse divulgada pela editora:

Em Vou te contar, a Editora Rocco celebra em 20 histórias a nossa música e literatura ao convidar autores brasileiros para relembrarem Tom Jobim, através das canções do compositor, 20 anos após sua morte. Sob a organização da escritora Celina Portocarrero, autores, do norte ao sul do país, reconheceram em canções de Tom Jobim a trilha sonora de momentos vividos. De nomes consagrados a estreantes, cada um deles escolheu uma música entre as 36 de autoria exclusiva de Antônio Carlos Jobim.
A universalidade e a particularidade do encantamento com a música do maestro estão retratadas nos textos que fazem viver seus mais tocantes personagens, como Ana Luiza (conto de Suzana Fuentes), e Bebel (André de Leones); ou cenários como Wave (Adelice Souza), a onda que abre o livro, e Águas de Março (Vinicius Jatobá) que fecha este verão de 20 contos. Luiza (Lucia Bettencourt), Angela (Angela Dutra de Menezes) e Gabriela (Henrique Rodrigues) são outras personagens de Tom que ganham corpo literário em Vou te contar.
Para ler e ouvir Tom Jobim através de outras vozes, Vou te contar traz inspirações, lembranças e marcas como a de um encontro na praia evocado por Wave: “Vou te contar. Era tarde, era outono e não havia ninguém no mar. Na água, areia, praia e cais, uma mudez de gente.”  Querida (Branca de Paula) evoca a surpresa na arte, como na vida: “Em Nereida encontro o que mais procurava.” Em Gabriela (Henrique Rodrigues), a personagem se revela pelo amor pela literatura, paixão que desperta no filho: “Gabriela lia para o filho, inventava histórias, e via nos olhos do menino aquela curiosidade com as palavras que teve um dia.” Ligia (Mirna Brasil Portella), “gostava de viajar. O problema eram os aviões”.
Vou te contar é para relembrar Tom Jobim, maestro generoso que empresta suas composições agora para inspirar nossos autores que partilham que tanto tom o Jobim evoca em nós.
Participam da coletânea:
Adelice Souza | André de Leones | Angela Dutra de Menezes | Antonio Carlos Viana | Branca Maria de Paula | Caco Ishak | Carlos Henrique Schroeder | Claudia Nina | Danielle Schlossarek | Henrique Rodrigues | Lúcia Bettencourt | Marcelo Moutinho | Marília Arnaud  | Menalton Braff | Mirna Brasil Portella | Monique Revillion | Sandra Luz | Silviano Santiago | Susana Fuentes | Vinicius Jatobá

Ficha catalográfica:

Título: Vou te contar – 20 histórias ao som de Tom Jobim

Autora: Celina Portocarrero (org.)

Editora: Rocco

Páginas: 208

Onde comprar:

 

Grande Sertão: Veredas – Graphic Novel

Um clássico da literatura brasileira é relançando pela Biblioteca Azul (da Globo Livros) e agora conta com versão em quadrinhos. Essa mistura vai agradar muitos colecionadores por meio desta edição especial que conta com tiragem limitada e numerada de 7 mil exemplares e ainda respeita o texto original de João Guimarães Rosa.

Confira a sinopse do livro divulgada pelo Skoob:

O principal romance da literatura brasileira do século XX ganha adaptação inédita em graphic novel, preservando o texto de Guimarães Rosa, considerado um dos maiores escritores nacionais. Riobaldo recebe um visitante em sua fazenda para quem conta sua história. As memórias do narrador vão de sua infância até as reviravoltas do destino que o levaram a se tornar um jagunço. Envolve-se com Zé Bebelo, que pretendia pacificar o sertão, e em guerras entre os bandos de Hermógenes e Joca Ramiro. Riobaldo atravessa a vastidão do sertão ao lado de Diadorim, participando de disputas por riqueza e vingança. A graphic novel respeita a complexidade de Grande Sertão – Veredas. Com roteiro do diretor de cinema Eloar Guazzeli, a obra transpõe cenas de batalhas surpreendentes para os quadrinhos, dando um ritmo cinematográfico. O ilustrador Rodrigo Rosa não se limita a retratar as paisagens do sertão, mas explora os seus contrastes, a natureza se torna um elemento narrativo, que compõe o clima do romance gráfico. A adaptação convida os fãs do romance a redescobri-lo e apresenta aos novos leitores a grandeza dessa obra.

Ficha catalográfica:

Título: Grande Sertão: Veredas – Graphic Novel

Autor: Guimarães Rosa

Editora: Biblioteca Azul

Páginas: 180

 

Pornô Chic

Lançada pela Biblioteca Azul, um selo da Globo Livros, a obra nacional de Hilda Hilst traz a compilação de quatro livros sendo estes: O caderno rosa de Lori Lamby, Bufólicas, Contos d’escárnio e Cartas de um sedutor. Tais livros misturam humor, críticas à sociedade, todo tipo de práticas sexuais e referências a autores célebres pelo erotismo como Henry Miller e Georges Bataille. Além disto, as obras também são ilustradas.

Veja a sinopse divulgada pela editora:

Em 1990, Hilda Hilst completava 60 anos, 40 deles dedicados à literatura. Insatisfeita com a publicação de seus livros em pequenas tiragens, o silêncio da crítica e a repercussão restrita, a poeta decidiu escrever “adoráveis bandalheiras”. A experiência deu origem à Trilogia Obscena formada por O caderno rosa de Lori Lamby, Contos d’escárnio – textos grotescos, Cartas de um sedutor e ao livro de poemas Bufólicas. Pornô chic reúne os quatro títulos, ilustrados, traz o inédito Fragmento pornográfico rural e fortuna crítica que aborda a polêmica fase erótica de Hilst.

O caderno rosa de Lori Lamby e Bufólicas recuperam as ilustrações de Millôr Fernandes e Jaguar para as primeiras edições. Para ilustrar Contos d’escárnio e Cartas de um sedutor foram convidadas Laura Teixeira e Veridiana Scarpelli, que apresentaram uma abordagem contemporânea ao pornô de Hilst. Considerados pela autora uma “experiência radical e divertida”, estes livros misturam humor, críticas à sociedade, todo tipo de práticas sexuais e referências a autores célebres pelo erotismo como Henry Miller e Georges Bataille. A leitura de Pornô Chic revela o quanto Hilst pode ser irônica, debochada e divertida sem perder o refinamento.

Se O caderno rosa de Lori Lamby parece obsceno ao apresentar uma menina de oito anos relatando suas experiências sexuais, a autora surpreende os leitores com seu desfecho. Cartas de um sedutor narra o cotidiano de um homem rico, amoral e culto, que diante de sua incompreensão da vida recorre ao sexo em busca de respostas. Contos d’escárnio é uma reunião de textos satíricos, em que a sexualidade é matéria de reflexões imprevisíveis. Bufólicas é um livro de “fábulas safadas” concluídas com uma “moral da estória”.

A fortuna crítica apresenta um texto inédito do professor de História da Arte e da História da Cultura da Unicamp Jorge Coli, e inclui textos de especialistas na obra de Hilst, como a professora do departamento de Literatura Brasileira da FFLCH-USP Eliane Robert de Moraes, e o professor de Teoria Literária da Unicamp Alcir Pécora – que organizou as obras completas de Hilst para a Globo Livros. Além disso, a edição recupera textos publicados na imprensa nos anos 1990, como um perfil da autora feito pelo jornalista Humberto Werneck e uma entrevista da poeta ao amigo e escritor Caio Fernando Abreu.

O ciclo pornográfico de Hilst fez com que a escritora deixasse de ser considerada apenas uma autora sofisticada e lhe trouxe a fama de maldita – mas seu objetivo foi alcançado e sua obra atingiu um público maior. Aos 60 anos, ela expressou surpresa diante das críticas moralistas à suas bandalheiras: “A sexualidade pode ser adorável, perversa ou divertida, mas eu acho que o ato de pensar excita muito mais do que uma simples relação sexual. A mim pelo menos, há muitos anos é assim”.

Ficha catalográfica:

Título: Pornô Chic

Autora: Hilda Hilst

Editora: Biblioteca Azul

Páginas: 276

Onde comprar: Amazon

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Joyce Hiromi

Formada em jornalismo e turismóloga, lê de tudo um pouco, é viciada em seriados/animes e compra mais livros do que consegue ler – piorou na era dos e-books. Na listona de futuras leituras sempre terá livros de: não-ficção, distopia e muitos de romance – esse último é pra tentar adoçar a vida. Além disso, o amor por autores favoritos já me fez passar horas em filas de sessão de autógrafos, assistir vídeos de entrevistas e 'stalkeá-los' (de leve) nas redes sociais – inclusive a Jojo Moyes é incrível no Twitter!

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