Outro exemplo são os romances do escritor Nicholas Sparks, o filme Um amor pra recordar traz a história de dois jovens que também queremos que termine tudo bem para eles. Até mesmo obras como Crepúsculo e 50 tons de cinza causa em seus leitores uma vontade de ver um final feliz entre os protagonistas, tanto nos livros quanto na tela do cinema.
Mas o Eu Indico de hoje vai ser de um romance um tanto odiável, um odiável bom. A indicação de hoje é O Morro dos Ventos Uivantes. Essa é a única obra da escritora britânica Emily Brontë, que por sinal se tornou um clássico da literatura inglesa.
Preparem os corações para conhecer o casal mais problemático do universo literário. Vampiros e humanos? Masoquistas e tímidas? Etc… Não se comparam a Heathcliff e Catherine.
Sinopse:
Após uma viagem o chefe da família Earnshaw leva para casa um pequeno órfão, que ficará conhecido apenas como Heathcliff. O recém-chegado acaba “roubando” a atenção e amor do pai da família, o que acaba por deixar o filho legitimo, Hindley Earnshaw, enciumado. E por fim o jovem conquista a afeição de Catherine, filha do Sr. e Sra. Earnshaw, o qe deixa o primogênito ainda mais irado.
Após alguns anos, e a morte dos responsáveis pela família Earnshaw, Catherine se casa com Edgar Linton, mesmo amando Heathcliff, pela condição financeira que o marido traria a ela. O órfão acaba indo embora do Morro dos Ventos Uivantes, devido diversas situações de humilhação. Após um tempo retorna rico, e assim despertando o desejo de Catherine, o ciúme do marido e a raiva de Hindley.
Catherine morre após o nascimento da filha dela com Linton, despertando a fúria de Heathcliff. Que a partir desse momento faz do proposito de vida transformar a vida de Edgar e Hindley um inferno.
O interessante da obra de Emily Brontë é como os seus personagens são apresentados com tanta intensidade, com seus desvios de caráter, jogando na cara do leitor que seus personagens são falhos e até mesmo repugnantes, dignos de pena e amor. O que torna cada personagem “odiavelmente” agradável (Isso não é só mérito de Game of Thrones). Definitivamente um caso de amor que não é preto no branco, é caótico e destruidor.
No cinema:
No cinema algumas adaptações do clássico de Brontë foram feitas. A
Uma das mais famosas versões, concorrendo até mesmo ao Oscar, é a de 1939. O título original é Wuthering Heights, dirigido por William Wyler. Esse filme só conta a primeira parte do livro, sobre o amor de Heathcliff e Catherine. A segunda geração não é apresentada, contando sobre os filhos de Heathcliff, Catherine e Hindley.
Em 1970 chegou ao cinema o primeiro filme do Morro dos Ventos Uivantes colorido. Dirigido por Robert Fuest, e no elenco Timothy Dalton como Heathcliff e Anna Calder-Marshall como Catherine.
O primeiro filme a contar também a segunda parte do livro chegou ao cinema em 1992. Uma curiosidade é que a atriz Juliette Binoche fez o papel das duas Catherine, mãe e filha, já que a obra comenta da incrível semelhança entre as duas. O diretor desse filme foi Peter Kosminsky.
Em 2003, a MTV produziu uma versão um tanto diferente da obra de Brontë. Longe da Inglaterra e um tanto mais próximo da América, na moderna Califórnia, onde os personagens eram colegiais. Nada a comentar.
A última adaptação da obra aconteceu em 2011, pelas mãos da diretora Andrea Arnold. A personagem Catherine é interpretada pela atriz Kaya Scoledaria, que esta em filmes como Maze Runner, Furia de titãs e em futuros filmes como da Franquia Piratas do Caribe.
Para terminar, ainda menciono que a obra é citada no livro e filme Crepúsculo (no filme não tenho certeza), como o livro favorito da personagem Bella. Mas acredite, o livro de Brontë não tem nenhuma relação com vampiros, ela trata de humanos, que podem ser muito piores, principalmente se comparados com vampiros que brilham.