Eu indico A História de Lisey

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Todo mundo conhece o Stephen King terror. O que muitos não conhecem é a sua versatilidade para escrever ficção científica, suspense, drama, contos, aventura e jornadas épicas. Mas esse livro é outra cousa. Ele pode ser facilmente colocado entre as obras mais pessoas de King. A História de Lisey é uma declaração de amor ao próximo e a eterna gratidão que podemos ter por elas.

Lisey é casado com Scott, que é escritor muito talentoso e inteligente. A relação do casal é extremamente simbiótica e poderosa. Mesmo em momentos difíceis, o casal consegue se apoiar, com destaque para Lisey, que durante toda a caída de Scott em meio à fama e a loucura de seus fãs, está lá para levantá-lo e o incentivando a seguir em frente.

Essa dinâmica é muito similar a do próprio autor, o Stephen King e sua mulher, Tabitha King, que sempre esteve ao lado do marido, desde seu início conturbado em meio à depressão, alcoolismo e problemas com os fãs.

Mas tudo isso só faz sentido por um motivo: Scott está morto. Toda a história do casal é detalhada, minuciosamente, entre risadas e tristezas. Todo o monólogo de Lisey, em seus pensamentos e lembranças, torna a saudade uma realidade mais palpável em um livro de ficção.

Mesmo depois de suas duzentas e poucas páginas onde é apresentada a relação do casal, o livro nos permite conhecer o drama da solidão, da loucura e da criatividade. Existem os problemas que envolvem o fã da obra de Scott que inferniza a vida de Lisey e ao mesmo tempo ajudar a própria irmão, que sobre de terríveis problemas psicológicos. E claro, a pitada sobrenatural. Lisey descobre a fonte da imaginação do seu marido. Lugar que guarda memórias terríveis e obscuras do passado.

Enfim, está é uma obra espetacular e singular. Extremamente particular e diferente. É um prato cheio para fãs de terror e um olhar melancólico realista sobre uma perda.

O livro é publicado aqui pela Suma de Letras.

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Júlio Cesar

Sou formado em jornalismo e estudante de design gráfico. Entusiasta de um bom quadrinho ou mangá. Adoro livros de terror e ficção científica, além de ter um dedinho na fantasia. Não perco a oportunidade de discutir um filme ou livro. Adora debater ideias e refletir sobre o péssimo posfácio dos livros.

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