Eu indico – O que rolou e enrolou na Bienal do Livro de SP 2022

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Pouco mais de uma semana após o término da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, nossa equipe já está com saudades. Os Capitulares estiveram por lá e hoje trazemos nossas impressões sobre o que rolou de mais interessante nessa edição.

O ano de 2022 marcou o retorno do megaevento à edição presencial. A última vez que os leitores tiveram a oportunidade de se reunir no principal evento literário de São Paulo foi em 2018. Em 2020, devido à pandemia, a realização física do encontro não pôde ocorrer.

Além disso, neste ano o evento mudou de endereço. Desde 2006 a Bienal de SP era realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, próximo à Marginal Tietê. Entretanto, desde 2020 já era sabido que o evento retornaria ao Expo Center Norte, local que recebeu a feira entre os anos de 1996 a 2002.

O QUE ROLOU NA BIENAL SP

Fomos credenciados como blogueiros/influenciadores

• Credenciamento: antes das vendas de ingressos para o público em geral, a organização da Bienal do Livro abre inscrições de credenciamento. São três tipos: Credenciamento de Profissional do Setor, Credenciamento de Blogueiros/Influenciadores e Credenciamento de Imprensa. As inscrições são feitas pela internet e a confirmação chega por e-mail. No nosso caso, a inscrição foi muito simples. Nos inscrevemos na seção Blogueiros/influenciadores e a confirmação do nosso credenciamento demorou um pouquinho, cerca de três semanas após o preenchimento do formulário. Todavia, tudo correu bem. Recebemos a confirmação nas nossas caixas de entrada poucos dias antes do início da Bienal de SP. O acesso ao interior da feira foi muito facilitado. Não pegamos filas, a equipe foi muito atenciosa com a gente e conseguimos trabalhar tranquilamente.

• Espaços da Bienal: este ano, a programação multicultural contou com muita literatura, gastronomia, cultura, negócios e até personalidades do mundo esportivo. Para receber as mais de 1.300 horas de programação, os visitantes tiveram oito espaços culturais bem diversificados: Arena Cultural; Cozinhando com Palavras; Espaço Infantil; Salão de Ideias; BiblioSesc: Praça da Palavra e Praça de Histórias; Espaço Cordel e Repente; Papo de Mercado; e Comitiva de Portugal. Assim, estes locais foram palco de mais de 500 atrações.

Livre de senhas

Espaço Arena Cultural

• Estandes com bate-papos abertos: um ponto muito positivo foi que alguns dos expositores elaboraram programações culturais próprias e as atrações eram apresentadas em espaços abertos estruturados com cadeiras e aparelhagem de som. Todo esse cuidado fez com que os bate-papos com convidados ficassem as vistas do público que passava. Alguns dos estandes que apostaram na estrutura acessível foram: @skeelo.br, @submarino e @amazonbrasil. A Arena Cultural também seguiu o mesmo estilo inclusivo, sem a necessidade de senhas.

• Pontos “instagramáveis”: outro grande destaque foi que diversos estandes apresentavam decorações de espaços nos quais o público podia tirar fotos incríveis. Os espaços estavam ligados aos livros/patrocinadores relacionados aos expositores ou até eram pontos com referências gerais de literatura/leitura. Durante nossas andanças, vimos espaços temáticos de Harry Potter/Animais Fantásticos, Senhor dos Anéis, Tordo Arado, Agatha Christie, Vampiros de Anne Rice, mundo de Holly Black, Carlos Drummond de Andrade, entre outros. Contudo, praticamente todos (principalmente o anel de O Senhor dos Anéis no estande da @harpercollinsbrasil) estavam com longas filas, o que dificultava um pouco o acesso para quem estava trabalhando como nós ( ficamos sem foto).

Cara a cara com autores

Joyce felizona com a autora Daniela Arbex

• Autógrafos: por meio das atrações culturais, diversos autores nacionais e internacionais são convidados para bate-papos e sessões de autógrafos e nisso, os leitores podem realizar o sonho de ter seus livros favoritos assinados pelos escritores. Este ano, muitos dos autores que passaram pela Arena Cultural fizeram a alegria de leitores neste quesito e os espaços de autógrafos eram bem organizados pela equipe da Bienal. Contudo, um ponto que chateou algumas pessoas foi que a participação para autógrafos somente ocorria com senhas que foram distribuídas semanas antes do evento começar, via site – e, acabavam em poucos minutos. Um alívio para alguns que não conseguiram senhas foi que os expositores também traziam convidados.

• Ingressos esgotados: a estimativa de público era de 500 mil visitantes, contudo o número total do evento chegou em 660 mil pessoas. A venda de ingressos foi suspensa para o segundo final de semana por conta do esgotamento. Apesar de ser um sucesso de vendas, a Bienal apresentou alguns desconfortos ao público, que teve que enfrentar lotação nos principais dias e diversas filas para quase tudo, tais como: para pegar ônibus gratuito até o evento, para entrar no local, para acessar alguns estandes já dentro do evento, para comprar comida e até para usar o banheiro.

Para o bolso?

• Valores de produtos: apesar de contabilizar 3 milhões de livros vendidos e o ticket-médio de R$ 226,94 (segundo pesquisa do Observatório do Turismo), a grande maioria dos preços de livros estavam bem “salgados”. Claro que era possível encontrar livros mais baratos, como no caso dos estandes da @bookoutletbrasil e do @amigosdolivroeditora, mas precisava garimpar as obras e os estandes com livros do momento apresentavam preços acima dos comercializados pelos e-commerces. Além disso, também chamou a atenção, os valores de produtos na área de alimentos e bebidas que estavam bem altos. O bolso do visitante só teve agrado perto do encerramento do evento, no qual os expositores fizeram promoções ou descontos de última hora.

Joyce, Dani Vieira (@eusoudanivieira) e Felipe

• Encontrar pessoas: algo mais especial que vai além de reunir autores e apresentar atrações com convidados, é que o evento também funciona como um ponto de trocas e interações entre os próprios visitantes. Na nossa passagem, foi possível marcar encontros com pessoas queridas, inclusive sendo amizades que fizemos no mundo digital, tal como a @eusoudanivieira. E, faltou só um pouco para encontrarmos a @laislendo e a @ana.romances. Assim, a frase tema desta edição do evento marca esses e outros encontros e cai como uma luva, pois “Todo mundo sai melhor do que entrou”!

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Fonte (dados): Bienal SP e G1 SP

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Felipe Paiuca

Jornalista formado desde 2013 – o tempo voa. O primeiro livro da minha vida foi “O Menino que Aprendeu a Ver”, de Ruth Rocha, em 1999. Enquanto a minha geração se aventurava com Harry Potter, a série que me conquistou para o mundo da leitura foi Deltora Quest, de Emily Rodda. Não tenho livro favorito, pois não consigo escolher e sempre tento variar os gêneros literários de uma leitura para a outra para abranger os mais variados temas possíveis.

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