Eu indico – O Nevoeiro, de Stephen King

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Lançada em 1985 como parte da coletânea Tripulação de Esqueletos, a novela O Nevoeiro traz consigo características marcantes do mestre do mistério e do horror, Stephen King. Em resumo, o enredo se passa em Long Lake, uma cidadezinha do Maine, e acompanha o protagonista David, um jovem artista casado e pai de um menino de cinco anos.

Com a iminente chegada de uma forte tempestade, a família decide se esconder no porão e esperar que a tormenta se encerre. Ao retornarem para o patamar superior, descobrem que a chuva e os ventos causaram muitos estragos na propriedade e nas imediações, fazendo com que reparos sejam necessários. No entanto, é o véu prateado que avança sobre o lago nos fundos do imóvel que preocupa os personagens. Algo que contempla uma aura completamente antinatural.

Onde tudo acontece

Tentando racionalizar os acontecimentos e, até mesmo, o misterioso nevoeiro que paira sobre o espelho d’água, David segue com o projeto de reparar os estragos causados pela tempestade. Para isso, dirige-se com o pequeno Bill e seu vizinho até o supermercado localizado no centro da cidade. Por lá, a intenção é comprar suprimentos e demais itens necessários para começar a arrumação.

O Nevoeiro - Monstros, pânico e comportamento humano

É neste cenário que toda a novela se desenrola. Enquanto fazem as compras, o nevoeiro que antes permanecia apenas sobre o lago na região suburbana da cidade chega até o centro e recobre todo o local, impedindo completamente a visão de quem está do lado de dentro do supermercado e, pior ainda, trazendo horrores para quem está do lado de fora. Toda e qualquer pessoa que ouse ter contato com o lado externo do edifício acaba morta por algo sobrenatural.

Estilo reconhecível

É neste cenário que uma característica fundamental do autor se sobressai. Como mote, King utiliza de uma desculpa sobrenatural para isolar uma sociedade dentro de um espaço e, a partir daí, explora as relações humanas em momentos de alta tensão. Em outras palavras, é o mesmo modo de escrita utilizado pelo autor em obras de grande fôlego, como em It, A Coisa – em que as crianças de Derry são assombradas por uma espécie de entidade que manipula e assassina os jovens da cidade –, em Sob a Redoma – quando toda a população de Chester’s Mill se vê, de repente, isolada do restante do mundo por um domo invisível – e, até mesmo, em menor escala em seu romance de estreia Carrie, a Estranha.

No entanto, o fato de O Nevoeiro ser uma novela traz uma limitação de tempo para o desenvolvimento dos personagens. Diferentemente das outras obras citadas, algumas têm mais de mil páginas, poucas são as personas aprofundadas. A maioria nos é apresentada com o simples motivo de ser assassinadas parágrafos depois. Somente o protagonista e o filho são de fato relevantes. O texto acabou me parecendo um grande ensaio para o que viria a ser depois os dois grandes calhamaços citados acima. Sendo assim, é uma obra interessante, mas não indispensável.

Para as telas

A obra foi adaptada em duas oportunidades. A primeira em 2007 para um filme. Esta versão se mostrou bem fiel à obra original, mas tem um clima de filme do Supercine, na minha opinião. Quem não abrir a mente também pode ter problema com os efeitos de computação gráfica da época. Ele pode ser encontrado facilmente pela internet.

Já a versão de 2017 foi adaptada para uma série de TV e, como era de se esperar, traz inúmeras modificações para dar suporte ao número de episódios da temporada. A série é bem interessante e pode ser conferida na Netflix. No entanto, foi cancelada ainda na primeira temporada.

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Mediano
  • Narrativa
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  • Enredo
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  • Desenvolvimento
    4
  • Clímax
    6
  • Edição
    7
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Jornalista formado desde 2013 – o tempo voa. O primeiro livro da minha vida foi “O Menino que Aprendeu a Ver”, de Ruth Rocha, em 1999. Enquanto a minha geração se aventurava com Harry Potter, a série que me conquistou para o mundo da leitura foi Deltora Quest, de Emily Rodda. Não tenho livro favorito, pois não consigo escolher e sempre tento variar os gêneros literários de uma leitura para a outra para abranger os mais variados temas possíveis.

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