5 livros de ficção científica que valem a pena conhecer

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Nesta semana trazemos para vocês uma lista com cinco livros de ficção científica que consideramos que você deve conhecer. Consideramos aqui que distopias são uma vertente do Sci-Fi – afinal tratam-se de histórias projetadas em um futuro próximo (ou não) e que trazem em seus enredos grande carga de “atualizações tecnológicas” que afetam direta ou indiretamente a vida dos personagens.

1984, de George Orwell (1949)

A mais conhecida de todas as distopias é sim uma história de ficção científica. Pois é: escrita em 1948, Orwell imaginou um futuro terrível para o mundo no pós-guerra e ambientou sua trama quase 30 anos no futuro. Nesta história, Winston vive em um planeta dominado por superpotências opressoras e, por sorte ou azar, acaba sendo um dos poucos cidadãos que passa a questionar o sistema no qual vive.

Nesse cenário, acompanhamos uma trama que envolve muita manipulação, inversão de valores e tecnologias que para época pareciam impossíveis, mas que hoje fazem parte do nosso dia a dia. Winston e todos os habitantes da Oceania são vigiados por telas que buscam saber o que as pessoas fazem, falam e até pensam. Quem nos dias de hoje não foi espiado pelo Google, Apple, Alexa e por aí vai nesse nosso mundo repleto de telas? Confira Eu Indico 1984.

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Eu Robô, de Isaac Asimov (1950)

Diferentemente do que se pode imaginar devido ao filme de 2004, Eu Robô trata-se de uma coletânea de nove contos. Entretanto, eles não são necessariamente independentes – há uma correlação entre todos eles. Nessas histórias curtas, Asimov desenvolve uma linha do tempo desde o momento em que os robôs são introduzidos ao dia a dia do ser humano até a chegada e o desenvolvimento de modelos altamente complexos. Como o próprio título do livro sugere, os enredos tratam da psique robótica (do Eu robótico) humanizando cada vez mais estas criaturas.

Como qualquer exercício de futurologia, o autor falhou ao imaginar determinadas mudanças que os anos trariam para o universo. Lançado nos anos 1950, o livro trata de um futuro que transcorre entre as décadas de 2020, 2030 e até 2050 ou mais. Entretanto, ao mesmo tempo que o escritor nos coloca dentro de um mundo tecnologicamente desenvolvido, alguns detalhes arcaicos acabam saltando aos olhos. Tratam-se de tecnologias que mesmo nós em 2021 já abolimos desde o início dos anos 2000.

Fahrenheit 451, de Ray Bradbury (1953)

Outro exemplar da trinca distópica clássica, o romance não tem tanto foco na tecnologia. Ela serve na verdade mais como cenário para esse mundo em que novamente somos apresentados a um ambiente totalitário em que não há liberdade de expressão e de informação. Nesta história conhecemos Guy Montag, um bombeiro que neste é responsável por incendiar e destruir livros. Estes artigos são proibidos pelo governo e não podem ser lidos, armazenados ou ocultados por nenhum cidadão. Contudo, após conhecer uma jovem fora dos padrões, o protagonista passa a se questionar de o porquê de toda aquela aversão aos objetos de papel.

Enquanto toda essa trama sinistra se desenrola, vemos personagens consumindo entretenimento (uma espécie de droga anestésica) por meios tecnológicos que só se popularizaram recentemente para nós. A relação dos personagens com essa tecnologia se trata de algo parecido com o conteúdo on demand que temos hoje, mas também ligada à realidade virtual interativa – três pilares tecnológicos que se popularizaram a partir dos anos 2010.

O Fim da Infância, de Arthur C. Clarke (1953)

Mais ligado ao estereótipo que temos da ficção científica em nossas cabeças, este livro traz como trama a reação humana após a chegada de seres extraterrestes ao nosso planeta.  Entretanto, o enredo trata deste tema em longo prazo. Muitos anos transcorrem da primeira até a última página e o leitor acompanha passo a passo como geração após geração os terráqueos evoluem e lidam com “o novo”.

Este romance também trará temas políticos para discussão central e o autor busca provocar uma reflexão sobre o que se fato é positivo e negativo na natureza do homem. Será que teremos de fato um mundo melhor se controlarmos e eliminarmos determinados ímpetos naturais da nossa raça?

Jurassic Park, de Michael Crichton (1990)

Curiosamente, o romance Sci-Fi mais recente que apresentamos nessa lista é o que nos transporta de certa maneira para o passado. Jurassic Park conta a história de um empresário que por meio de tecnologias avançadas de replicação de DNA tenta trazer de volta à vida animais extintos a milhares de anos. Seu objetivo é manter estes seres em cativeiro – uma espécie de zoológico/safari jurássico – e permitir que em pleno século XX os seres humanos conheçam de perto os gigantes que já dominaram este planeta em outras eras.

Todavia, tanto o empresário quanto a renomada equipe de especialistas convidada para ratificar a segurança do projeto vão entender que a vida de seres pré-históricos, bem como as nossas próprias, são afetadas por milhões de variáveis que tornam o controle de se seres vivos algo praticamente impossível.

E você?

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Jornalista formado desde 2013 – o tempo voa. O primeiro livro da minha vida foi “O Menino que Aprendeu a Ver”, de Ruth Rocha, em 1999. Enquanto a minha geração se aventurava com Harry Potter, a série que me conquistou para o mundo da leitura foi Deltora Quest, de Emily Rodda. Não tenho livro favorito, pois não consigo escolher e sempre tento variar os gêneros literários de uma leitura para a outra para abranger os mais variados temas possíveis.

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