Bobbie Goods: a febre dos livros de colorir que conquistou todas as idades

0

Como um livro com bichinhos fofos virou tendência nas redes sociais — e o que isso diz sobre o nosso desejo por pausa, cor e criatividade?

Nos últimos meses, uma tendência simples e encantadora tem conquistado as redes sociais e o coração de muita gente: os famosos livros de colorir Bobbie Goods. A febre cresceu tanto que, em algumas papelarias, até faltam canetinhas para acompanhar a nova paixão coletiva! Mas o que explica esse sucesso todo?

Livro oferece um espaço de pausa e expressão criativa

O que é Bobbie Goods?

O livro de colorir Bobbie Goods foi lançado no Brasil pela editora HarperCollins e é criação da designer norte-americana Abbie Goveia. Com uma proposta visual encantadora — repleta de bichinhos fofos e cenários aconchegantes —, o livro oferece um espaço de pausa e expressão criativa (ideal para quem busca momentos de respiro em uma rotina agitada)

Fica então a pergunta: é um livro para crianças ou adultos?

Essa resposta é simples: é para todas as idades!

O hype dos livros de colorir não ficou restrito às livrarias. No TikTok e no Instagram, uma onda de vídeos mostra tutoriais de pintura, unboxings de materiais e até memes sobre o “vício” em canetinhas. Alguns conteúdos são técnicos, outros puramente cômicos — e todos contribuem para transformar colorir em um passatempo coletivo e, muitas vezes, terapêutico.

Mas, livros de colorir são literatura?

A dúvida é comum: livros de colorir contam como literatura? Embora o termo geralmente se refira a obras narrativas ou poéticas, a legislação brasileira reconhece esses álbuns como publicações oficiais. De acordo com a Lei 10.753/2003, que institui a Política Nacional do Livro, livros de colorir, pintar e recortar são classificados como “outros livros, brochuras e impressos semelhantes”.

Ou seja: sim, eles têm lugar nas prateleiras — e também na sua estante literária.

Benefícios de colorir: mais do que estética

Além de ser um passatempo bonito de se ver, colorir pode trazer benefícios reais:
1. Redução do estresse e da ansiedade;
2. Estímulo da criatividade;
3. Diminuição do tempo de tela; e
4. Sensação de foco e presença.

Mas um lembrete importante: embora pintar possa ser terapêutico, não substitui uma terapia profissional, tá?

Uma onda que já vimos antes…

Se você lembra da febre do Jardim Secreto e das mandalas, vai se sentir em casa com Bobbie Goods. Eu, inclusive, vivi essa fase — e confesso: quando percebi, já tinha colorido cinco páginas, pesquisado técnicas de texturização e investido em um estojo novinho de canetinhas.

Enfim, esse é um hobby despretensioso, envolvente e que nos convida a desacelerar e olhar para dentro.

Jardim Secreto e mandalas foram uma febre nos anos 2010

O resultado nunca é igual

Talvez o mais bonito em colorir seja isso: não existe certo ou errado. Você pode se inspirar em tutoriais, mas o resultado final sempre carrega um pouco de você — seus gostos, suas cores favoritas, seu estado de espírito naquele dia. E isso é o que torna cada página única.

Quando percebi, já tinha colorido cinco páginas, pesquisado técnicas de texturização e investido em um estojo novinho de canetinhas.

Na minha opinião, esse hobby é um reencontro com nossa criança interior e um expansor da criatividade — que, aliás, pode se refletir em várias outras áreas da vida.

Conclusão

O sucesso de Bobbie Goods mostra que, no meio da pressa digital, ainda há espaço para o analógico, para o simples e para a arte feita com as mãos. E talvez seja exatamente isso que tanta gente anda buscando: um momento só seu, com cor, calma e alegria.

Gostou deste conteúdo?

O Capitulares publica semanalmente reflexões literárias, dicas criativas e tudo o que envolve o universo das palavras.
Acompanhe também nosso Instagram: @Capitulares

Share.

Formada em fisioterapia e RH, eu tinha um ritmo frenético de leitura, hoje tô menos intensa e mais aberta a ler de tudo, mas que fique bem claro que meus gêneros favoritos continuam sendo romances e fantasias. Antes de descobrir o Skoob, anotava minhas leituras em um caderninho que tinha páginas especiais para essa informação, lá consta que meu primeiro livro foi ‘’Sangue, ossos e pedacinhos’’, do Nick Arnold, e logo em seguida ‘’Romeu e Julieta’’, de Willian Shakespeare. Assim, percebe-se a minha flutuação de gênero, desde sempre.

Comments are closed.