Já é tradição aqui no Capitulares trazermos no dia das crianças uma sugestão que pode atrair a atenção dos leitores mais novos e até mesmo dos futuros leitores. Por isso, hoje a gente comenta com vocês sobre o livro Os últimos Jovens da Terra – Quatro contra o Apocalipse, de Max Brallier e Douglas Holgate.
Trata-se do primeiro livro de uma série infantojuvenil publicada pelo selo Milk Shakespeare, da Faro Editorial. O enredo gira em tordo do protagonista Jack Sullivan, um garoto de 13 anos que de repente se vê sozinho no mundo em meio a um tipo de apocalipse zumbi.
Isso mesmo, do nada a terra foi invadida por monstros gigantes e as pessoas entraram em pânico. Muitas delas acabaram se tornando zumbis. Quarenta dias após o início do fim do mundo, Jack mora em uma casa na árvore e tenta sobreviver em um mundo hostil, porém sem perder o bom humor. O jovem menino encara os desafios da nova vida como uma espécie de videogame da vida real e busca vencer missões para atingir suas conquistas, a maior delas é salvar uma donzela em perigo, no caso June del Toro, a garota que ele gosta.
Criança interior
Narrado em primeira pessoa, o enredo é de leitura muito simples. Porém (adulto) lembre-se que você não é o público alvo deste livro. Então, não adianta esperar pelo suprassumo da literatura. Baseado praticamente todo em diálogos, o texto não traz aprofundamento, o autor vai jogando os fatos e cabe a você (como qualquer criança/pré-adolescente iniciante no mundo dos livros) aceitar e abraçar a história (abraça, meu parça!).
Os personagens também não vêm munidos de história pregressa. Mesmo estando dentro da cabeça do protagonista, sabemos muito pouco sobre sua vida, com pequenos detalhes de que ele, na verdade, é órfão e passou boa parte da vida pulando de lar adotivo em lar adotivo (sistema de adoção dessa sociedade é pior que a vida amorosa dos seus amigos. Troca numa facilidade).
Até o mote de todo e enredo é confuso. Não sabemos como esse apocalipse começou e nem de onde esses monstros vieram. Também não há explicação de como essa contaminação zumbi teve início. Jack estava apenas andando pela rua e (de repente) o mundo começou a acabar.
Jovem de 30
Durante a leitura é possível estranhar um pouco o texto. Como é todo fragmentado em falas, o texto (do autor ou tradutor) buscou dar um tom jovial para a voz dos personagens (praticamente todos de 13 anos). Contudo, em muitos momentos esse recurso parece forçado e é possível perceber o adulto de 30/40 anos tentando parecer um adolescente. Em alguns casos as gírias utilizadas me causaram estranheza, levando em consideração que a obra quer se comunicar com os jovens de hoje.
O ponto positivo é que o livro é completamente ilustrado. Quase todas as páginas têm imagens e os idealizadores da obra brincam muito misturando quadrinhos e livro. Esta, apesar de todos os pontos a melhorar, parece sim uma boa ideia de presente para quem deseja incentivar crianças e jovens a ler mais. Por ser uma série, é muito provável que eles se mantenham engajados e sigam para os próximos (infelizmente nem toda geração terá um Harry Potter).
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É importante lembrar também que os livros foram adaptados para uma série animada da Netflix, o que pode ajudar a chamar a atenção dos menores. E você, curtiu Os Últimos Jovens da Terra? Confesso que não tenho 100% de certeza se devo continuar. Comente coma gente lá no Instagram!
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Enredo8
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Desenvolvimento4
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Edição8
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Originalidade5