Falar desse livro é algo bem complicado porque ele se passa em um terrível período da história mundial. Fica mais difícil ainda quando você se lembra que isso não é ficção, mas a realidade vivida por uma adolescente que retrata com suas próprias palavras os horrores de Hitler e uma Europa em guerra.
“O Diário de Anne Frank” se passa entre os anos de 1942 e 1944. O objeto foi um presente que a adolescente judia ganhou ao completar seus 13 anos, pouco tempo antes de se ver “mergulhada” junto a sua família e outras pessoas no anexo secreto localizado nos fundos da empresa de seu pai.
Uma menina como outras
Nas primeiras páginas do livro, aquelas que correspondem à época em que a menina ainda era uma garota comum, que ia à escola, conversava com as amigas e tinha admiradores, mostram uma Anne jovem, cheia de expectativas e repleta de sentimentos e desejos próprios da idade. Além do mais importante, alguém sem medo do amanhã.
Tempos depois, quando a família já está há mais de um ano escondida, a menina mostra um considerável amadurecimento. Ao invés dos romances e das relações adolescentes, a garota sonha com o dia em que poderá sentir a luz do sol, andar pelas ruas e se sentir novamente livre.
Sinceridade
O livro é um ótimo retrato dos horrores da segunda guerra mundial. Como este evento afetou a vida das famílias, dos judeus, daqueles que resistiam ao nazismo ajudando os mergulhados, dos adultos e até mesmo de crianças e adolescentes da época.
A sinceridade está em cada página, pois a obra foi escrita durante o conflito e por uma menina que via o mundo se matar diante de seus olhos. Leia e reflita sobre o que é viver com medo e preso dentro de um lugar com sua família e pessoas que você mal conhece. Tente imaginar você as vésperas dos 15 anos sem saber se viverá ou morrerá.
Fichas catalográficas
Livro: O Diário de Anne Frank
Autor: Anne Frank
Editora: Livros do Brasil
Páginas: 440
ISBN: 9789897110009