Eu indico Coisas Frágeis

“Acho… que prefiro me lembrar de uma vida desperdiçada com coisas frágeis a uma vida gasta evitando a dívida moral”. Assim começa a introdução do livro “COISAS FRÁGEIS” do escrito inglês Neil Gaiman. E é dele que será esse “Eu Indico”.

Um livro de incríveis contos

Em “Coisas Frágeis” Gaiman nos apresenta diversos contos, eles são narrados das mais diferentes formas e com os mais diversos assuntos. A destreza do escritor em misturar misticismo e realidade (entenda como algo do cotidiano, algo totalmente simples)  é algo que surpreende e o desenrolar do enredo dos contos é uma surpresa atrás da outra.

A maioria dos contos não é muito grande, o maior é “O Monarca do Vale”. Por exemplo, se você vai de transporte público para o trabalho, dá para ler uns dois contos na viagem (isso se não estiver preocupado em quebrar as leis da física, de que dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo, no ônibus, metrô ou trem), o que faz o livro terminar em um piscar de olhos (talvez duas piscadas).

No total são nove contos, alguns trazem personagens icônicos e ambientes que são memoráveis. Temos Sherlock Holmes, Aslam, Feiticeira Branca e Susana (As Crônicas de Nárnia), sem contar referencias ao filme Matrix.

Por que eu estou recomendando ele

Eu particularmente gosto de todos os contos do livro, mas tem três contos que eu recomendo mais do que recomendadístico (eu sei, essa palavra não existe).

“O problema de Susan” não é o melhor dos contos, mas, como faz referência a Nárnia, ficou entre os três da minha lista. Amo As Crônicas de Nárnia.

O conto “O Pássaro-do-Sol” é um dos mais improváveis do livro. O conto conta (:D) a trajetória do Clube Epicuriano por trás da ave que dá nome à história. Você chega a imaginar que existe uma infinidade de histórias que poderiam ser contadas sobre o grupo. O final é surpreendente e a narrativa flui bem, fazendo você conhecer com detalhes os personagens e seus relacionamentos.

“A vez de outubro”, esse é definitivamente meu conto favorito. É sutil e melancólico, o cuidado com a construção do texto é visível e prazerosa (ler em inglês deve ser uma experiência melhor ainda). Ao terminar você fica com uma vontade incrível de que o próximo conto seja sobre ele. Nesse conto a mistura do sobrenatural com o natural casam de uma forma muito agradável.

Finalizando o “Eu Indico”, o livro “Coisas Frágeis” dito é o primeiro volume, ainda não li o segundo, mas está na minha lista.